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Laboratório inova medicamento para o vírus HPV

São Paulo, 24 de abril de 2001 (eHealthLA). Um medicamento desenvolvido pelo Centro de Pesquisa dos Laboratórios Stiefel traz nova fórmula para o tratamento do vírus HPV.

O medicamento que elimina as verrugas genitais causadas pelo vírus vem em forma de pomada e traz na sua fórmula a podofilotoxina, o agente ativo da podofilina, isolado dos outros agentes nocivos da solução.

Segundo os pesquisadores do Laboratório, o objetivo foi retirar da podofilina as impurezas e substâncias variáveis que podem causar efeitos colaterais nos pacientes, além de alterar os resultados efetivos do tratamento. Com o nome de Wartec®, o medicamento deve chegar ao mercado brasileiro no final deste mês.

Segundo informou a assessoria do Laboratório, o desafio era criar uma nova alternativa medicamentosa que pudesse ser mais eficaz, com menos risco na utilização e que pudesse ser aplicada pelo próprio paciente, em casa, sem a necessidade de uma intervenção médica.

No Brasil, cerca de 15% das mulheres entre 18 e 60 anos são portadoras do vírus HPV, o papilomavirus humano. “O HPV entra no organismo por meio de microscópicas lesões comuns na vagina ou no pênis, provocando verrugas genitais.

Ele pode, ainda, desencadear o câncer de colo do útero a longo prazo”, explica Jorge Souen, chefe do setor de oncologia ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Com relação aos homens, segundo estudos do Instituto Ludwig de Pesquisa para o Câncer, o vírus já atinge seis milhões de brasileiros. Estes números indicam que 30% da população sexualmente ativa no País esta infectada pelo HPV.

O risco da presença das verrugas genitais provocadas pelo HPV está na possibilidade do vírus conduzir ao câncer de colo de útero.

O que ocorre é que as células infectadas se multiplicam causando um edema. Sabe-se, por exemplo, que 90 a 100% das mulheres que tem câncer de colo de útero tem história de HPV.

Apesar do dado alarmante, isso não significa que todas as mulheres que apresentam o vírus terão câncer.

Tudo depende do tempo em que o diagnóstico for feito e do tipo de vírus adquirido. “Os exames preventivos são fundamentais.

A lesão pré-cancerígena demora de 10 a 15 anos para se tornar um tumor maligno de fato. Portanto, identificada logo no início, suas chances de cura são de 100 por cento”, alerta o especialista.

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