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Anormalidades do Ritmo Cardíaco Aumentam o Risco de Morte Súbita

NEW YORK, (Reuters Health) – Pacientes cuja taquicardia ventricular, um ritmo cardíaco rápido e anormal, pode ser reproduzida no laboratório cardíaco enfrentam um risco significativamente mais alto de morte súbita do que pacientes cuja taquicardia ventricular não pode ser induzida. O resultado pode ajudar a identificar pacientes com doença cardíaca sob risco mais alto de morte súbita ou parada cardíaca.

A maioria dos casos de morte súbita e parada cardíaca em pacientes vítimas de ataque cardíaco resultam de taquicardia ventricular ou de seu parente mais perigoso, a fibrilação ventricular.

Uma forma especial de avaliação cardíaca chamada exame eletrofisiológico (EF) pode separar os pacientes em dois grupos: aqueles com ritmo anormal que pode ser induzido pelo exame e aqueles sem este ritmo cardíaco anormal. Mas se este agrupamento pode prever de forma precisa a evolução dos pacientes ainda é controverso, de acordo com o Dr. Alfred E. Buxton, do Rhode Island Hospital, em Providence, e associados de 85 cidades estudadas ao longo dos EUA e Canadá.

O estudo de um grupo de mais de 1.700 pacientes, 353 com ritmos anormais induzíveis e 1.397 sem esta característica, pode acabar com a controvérsia. Estes resultados estão publicados no The New England Journal of Medicine. Pacientes com taquicardia ventricular induzível tiveram uma taxa de parada cardíaca ou morte em 2 anos devido a ritmo anormal de 18%, comparados com 12% dentre os pacientes sem taquicardia ventricular induzível. As taxas em 5 anos foram de 32% e 24%, respectivamente.

As taxas gerais de morte também foram piores para pacientes com anormalidades reproduzíveis do ritmo cardíaco. As taxas de morte em 2 anos foram de 28% para estes pacientes, comparados a 21% para pacientes sem anormalidades induzíveis pelo exame, indicam os resultados. As taxas de morte em 5 anos por todas as causas foram de 48% e 44%, respectivamente.

Os autores concluem que o exame EF pode ser utilizado para determinar quais pacientes enfrentam um risco mais alto de parada cardíaca e morte. Estes pacientes poderiam ser candidatos a abordagens mais agressivas para prevenção ou tratamento das anormalidades do ritmo cardíaco.

FONTE: The New England Journal of Medicine 2000;342:1937-1945.

Sinopse preparada por Reuters Health

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