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Por Maggie Fox, correspondente de ciências e saúde
WASHINGTON (Reuters) - O primeiro estudo aprofundado do código genético humano revelou menos do que se antecipava: o que existe é apenas entre metade e um terço do número previsto de genes. Essa e outras conclusões serão anunciadas por cientistas na segunda-feira.
Os cientistas disseram que o que descobriram até agora deixa claro que, longe de ser um mapa, o código genético humano é um ponto de referência. As verdadeiras orientações que indicam o que compõe um ser humano estão, não nas letras do código genético, mas naquilo que o corpo faz com esse código.
Eles encontraram algumas informações interessantes.
A maior parte das variações -- ou seja, as mutações que resultam na evolução e que provocam a lenta modificação da espécie -- está no cromossomo Y. Como apenas os homens possuem o cromossomo Y, isso significa que são eles os responsáveis pela maioria das mutações.
Os cientistas também confirmaram que não existe base genética para aquilo que as pessoas descrevem como raça, e que apenas algumas poucas diferenças distinguem uma pessoa de outra.
"Você e eu diferimos um do outro em cerca de 2,1 milhões de letras genéticas", disse em entrevista telefônica Craig Venter, executivo científico chefe da Celera Genomics, que conduziu um dos dois estudos que estão sendo publicados.
"Provavelmente apenas alguns milhares dessas diferenças são responsáveis pelas diferenças biológicas entre nós. Isso significa, basicamente, que somos todos, em essência, gêmeos idênticos -- ainda mais do que eu pensava."
A Celera usou o DNA de cinco voluntários -- três mulheres e dois homens de etnias diferentes: negra, chinesa, hispânica e branca.
Segundo as duas equipes de pesquisadores, o futuro consiste não tanto em compreender os genes que controlam a produção das proteínas, mas em compreender as proteínas que compõem as pessoas. Esse campo científico nascente é conhecido como proteômica.
Sinopse preparada por Reuters Health
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