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Hormônio da Paratireóide Reduz Risco de Fratura por Osteoporose

Por Melissa Knopper

CHICAGO,(Reuters Health) - Terapia com hormônio da paratireóide pode ser uma maneira alternativa para ajudar na luta contra a doença que afina os ossos, osteoporose, relatou um pesquisador no Congresso Mundial sobre Osteoporose da National Osteoporosis Foundation. Embora tratamentos disponíveis no mercado agora possam prevenir aproximadamente 50% das fraturas osteoporóticas, o hormônio da paratireóide tem possibilidades empolgantes porque, ao contrário de outros tratamentos, ele estimula o crescimento ósseo, disse o Dr. Robert Lindsay, professor da Columbia University College of Physicians and Surgeons in New York.

"Nós acreditamos estar agora no rastro de agentes que formam os ossos, e que isto representará, de fato, a cura da osteoporose", disse o Dr. Lindsay.

Ainda neste ano, aponta Lindsay, seu grupo planeja obter aprovação do FDA para usar a terapia com hormônio da paratireóide como novo tratamento para a osteoporose. O hormônio da paratireóde ajuda a regular o cálcio corporal e é normalmente secretado pelas glândulas paratireóides (quatro estruturas do tamanho de uma ervilha que se localizam sobre a glândula tireóide no pescoço).

Enquanto há agora várias maneiras de se prevenir e se tratar a osteoporose, incluindo terapia com estrogênios e com as drogas alendronato e calcitonina (um hormônio tireoideano), há uma necessidade por novos medicamentos que possam reduzir o risco de fraturas. O Dr. Lindsay e uma equipe de médicos do Hospital Helen Hayes em West Haverstraw, New York, observaram um grupo de 52 mulheres que tiveram o diagnóstico de osteoporose e já estavam em uso de terapia estrogênica por pelo menos um ano. Metade das pacientes também receberam injeções de hormônio paratireoideano.

Após 3 anos, os cientistas mediram a densidade óssea em ambos os grupos. A estrogenioterapia sozinha foi capaz de deter a perda óssea que ocorre com a osteoporose, porque aquelas mulheres tomando o hormônio tiveram medidas de densidade óssea que essencialmente não mudaram. Entretanto, as mulheres que receberam tanto o estrogênio quanto o hormônio da paratireóide mostraram um aumento de 13% na massa óssea na coluna vertebral e um aumento de 5% na pelve. As mulheres também relataram menos ossos quebrados decorrentes de quedas durante o período do estudo.

Os resultados mostram que o hormônio da paratireóide, associado à terapia estrogênica, funcionam melhor que o estrogênio sozinho, relatou o Dr. Lindsay.

Os achados são importantes porque todo ano aproximadamente 300.000 pessoas são admitidas em hospitais nos Estados Unidos após fratura da pelve, de acordo com a National Osteoporosis Foundation. Também, as mulheres têm 2 a 3 vezes mais chance de fraturar a pelve, quando são comparadas com os homens. Em média, 24% das fraturas de pelve em pacientes acima de 50 anos de idade morrem dentro de um ano após a queda.

Sinopse preparada por Reuters Health

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