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Maioria Apóia Financiamento de Estudo com Células-Tronco

24 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Cerca de dois terços dos norte-americanos apóiam o financiamento federal de pesquisas com células-tronco, de acordo com uma pesquisa recente encomendada pela Juvenile Diabetes Research Foundation International (JDRF, fundação de pesquisa de diabete juvenil).

Essa alto índice de aprovação pública é significativo, pois a administração de George W. Bush está discutindo se vai suspender ou não o financiamento para esse tipo de pesquisa, que normalmente envolve o uso de embriões humanos.

"Acredito que a pesquisa indica realmente que existe um forte apoio a favor da pesquisa com células-tronco", disse Lawrence Soler, diretor de relações governamentais da JDRF.

O tipo mais promissor de células-tronco é encontrado em embriões humanos, que têm a capacidade de dar origem a diferentes tipos de células no organismo. Os cientistas esperam controlar as células e usá-las para substituir aquelas danificadas por diversas doenças.

Em uma pesquisa conduzida na metade de janeiro de 2001, mais de 1.000 pessoas foram questionadas se "eram a favor ou contra ao financiamento da pesquisa com células-tronco pelos Institutos Nacionais de Saúde".

Antes da pessoa responder, era feito um comunicado de que "pesquisadores médicos acreditam que as células-tronco humanas podem se desenvolver em células substitutivas para curar doenças como diabete, Parkinson, Alzheimer, câncer, doenças cardíacas, artrite, queimaduras ou problemas na medula espinhal".

Também era dito aos participantes que as células-tronco são coletadas "de embriões humanos excedentes desenvolvidos por fertilização 'in vitro' e tecido fetal que foi doado para pesquisa".

Aproximadamente 33 por cento dos entrevistados disseram que "eram bastante favoráveis" ao financiamento e outros 33 por cento afirmaram que "eram um tanto favoráveis" ao financiamento, indicam resultados da pesquisa. Já 9 por cento disseram que "não sabiam".

Os homens estavam mais propensos do que as mulheres (68 contra 63 por cento) a apoiar o financiamento federal e pessoas que concluíram o ensino médio estavam mais propensas do que aquelas que não apoiavam o financiamento (68 contra 61 por cento).

"Foi dito às pessoas de onde as células-tronco tinham origem, de modo que não estávamos tentando esconder nada", disse Soler. "As pessoas tinham uma noção de que isso está incorporado a um assunto que algumas consideram controverso", acrescentou Soler.

Com base nos resultados da pesquisa, as recentes discussões da campanha presidencial de interromper o financiamento de pesquisa com células-tronco "podem ter ocorrido muito rápido", de acordo com Soler.

"Mais reflexões precisam ser feitas para determinar a posição da nova administração em relação à pesquisa sobre esse assunto", afirmou Soler.

"Há muitas pessoas que vivem com as doenças que podem ser curadas ou tratadas por pesquisa com células-tronco", acrescentou Soler.

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