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Mulheres Sob Risco de HIV não Recebem Apoio Necessário

24 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Mulheres que vivem com HIV -- ou sob alto risco de infecção -- geralmente se sentem isoladas socialmente e deprimidas, mas não recebem os cuidados que precisa para sua saúde mental, segundo resultados de um novo estudo.

As afro-americanas nessa situação parecem ser as que menos assumem que precisam de ajuda psiquiátrica e, por isso, têm uma probabilidade menor de obter esse tratamento do que as mulheres brancas e hispânicas, pesquisadores informaram na revista Journal of the American Medical Women's Association.

Mais de um terço das mulheres pesquisadas -- incluindo 38 por cento daquelas que eram HIV-positivo e 35 por cento daquelas que eram HIV-negativo -- disse que poderiam ter se beneficiado com tratamentos psiquiátricos durante o período de seis meses antes de o estudo começar.

No entanto, apenas dois terços dessas mulheres de fato receberam a ajuda que precisavam, incluindo 67 por cento de mulheres HIV-positivo e 65 por cento das que eram HIV-negativo.

Comparada às da raça negra, mulheres brancas tinham uma probabilidade três vezes maior de conseguir a ajuda de que precisavam.

Em geral, mulheres brancas ou hispânicas tinham uma probabilidade maior do que as de raça negra de assumir que precisavam de ajuda psiquiátrica. E as mulheres negras tinham uma probabilidade menor de tomarem os remédios prescritos para o tratamento psiquiátrico.

"Essas descobertas podem sugerir diferentes atitudes e crenças em relação ao estado psiquiátrico e diferentes graus de conforto no uso de serviços psiquiátricos", informou Paula Schuman, da Wayne State University, em Detroit, Michigan, nos EUA, e seus colegas. No estudo, os pesquisadores avaliaram 871 mulheres soropositivas e 439 mulheres HIV-negativo que tinham padrões socioeconômico e de comportamento similares.

Não está claro exatamente o que impediu que essas mulheres procurassem ajuda. Mas, o que não é surpreendente, aquelas com seguro-saúde eram mais propensas a procurar um médico.

"Esse estudo levanta várias questões importantes para aqueles ... que providenciam cuidados básicos para mulheres com HIV", escreveu Mardge H. Cohen, do Hospital Municipal Cook, em Chicago, Illinois, nos EUA, em um comentário.

"A próxima década irá oferecer a oportunidade de tratar desses assuntos em mulheres com HIV -- alguns dos pacientes mais complexos da nossa sociedade ... mulheres que muitas vezes são marginalizadas ou isoladas", Cohen escreveu.

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