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Surto de Violência Juvenil nos EUA não Acabou, diz Relatório

18 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Uma epidemia de violência juvenil -- evidenciada por tiroteios em escolas que chocam o mundo, assassinatos, estupros e assaltos à mão armada -- não está perto do fim, disse na quarta-feira o cirurgião-geral dos Estados Unidos, David Satcher, o equivalente a um ministro da Saúde.

As crianças e os adolescentes norte-americanos estão tão violentos como no passado, mas estão usando menos armas e portanto a violência é menos letal, disse o médico David Satcher em um relatório especial sobre a violência.

"A epidemia de violência entre jovens não acabou", disse Satcher em uma entrevista coletiva.

A prisão e a repressão não são a resposta, segundo o relatório do ministro. Uma estratégia eficaz é formada por programas que tornem os pais e professores conscientes do problema e mais envolvidos nas vidas das crianças.

"Existe evidência considerável de que o envolvimento de crianças em formas sérias de comportamento violento está bem estável ao longo do tempo e continua a ser um grave problema nacional", diz o relatório.

"Há uma boa notícia: o declínio, desde 1993, em indicadores-chave de violência juvenil grave é real e substancial. Os índices de prisão por homicídio juvenil, assaltos e estupros em 1999 estão de fato mais baixos do que 1983, antes da epidemia de violência."

O relatório diz que a razão é clara. "Desde 1994, um declínio em prisões por homicídios reflete basicamente o declínio no uso de armas de fogo", diz o relatório.

Por outro lado "as taxas de prisão por agressão com agravantes continua quase 70 por cento mais alta do que em 1983". O relatório também afirma que o número de detenções dá apenas um retrato parcial da violência. Entre as recomendações feitas pelo relatório, está a criação de programas comunitários com a participação de pais e professores.

As prisões são consideradas um lugar nada bom para os menores, mesmo os violentos -- o índice de reincidência criminal e vitimização é bem mais alto quando o menor vai para a prisão, diz a pesquisa.

O estudo também se empenha em destruir mitos, como o de que crianças que sofrem abuso ou negligência inevitavelmente tornam-se violentas mais tarde, ou jovens afro-americanos ou hispânicos são mais propensos a cometer atos violentos, ou o de que uma safra violenta de jovens superpredadores ameaça os Estados Unidos.

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