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Parlamento Europeu Aprova Suspensão de Munição com Urânio

18 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). O Parlamento Europeu aprovou na quarta-feira a suspensão do uso de urânio enfraquecido em munições, devido aos temores de que possa ter causado câncer em soldados que atuaram nos Bálcãs.

A proposta que pediu a suspensão das munições e um estudo independente sobre os potenciais riscos que essas armas causam à saúde foi aprovada por 394 dos 626 deputados do Parlamento Europeu, sediado em Estrasburgo.

A medida não pode ser legalmente imposta, mas intensifica as pressões exercidas sobre os países-membros da Otan para que tomem uma atitude na polêmica, apesar de a aliança ter negado que existam evidências que comprovem alguma ligação entre o urânio enfraquecido e o câncer nos veteranos da guerra dos Bálcãs.

"Existem indícios de uma ligação, mas, ao mesmo tempo, sabemos que não existem provas. Precisamos analisar alternativas", disse Elmar Brok, líder do grupo cristão democrata no Parlamento Europeu. Antes da votação, o diretor de política externa da União Européia, Javier Solana, procurou acalmar os temores de que o problema esteja sendo acobertado, dizendo que a UE não vai esconder nada nas investigações sobre a segurança das munições contendo urânio enfraquecido.

Solana, que foi secretário-geral da Otan na época em que a aliança interveio militarmente para pôr fim às guerras na Bósnia e em Kosovo, repetiu que não há evidências de nenhum problema de saúde ligado às munições.

"Francamente, não existem evidências de qualquer ligação, mas não devemos nos satisfazer com isso. Se houver qualquer sugestão de que exista uma ligação, eu a transmitirei a vocês imediatamente", disse Solana ao Parlamento.

"Somos todos democracias. Não temos nada a esconder."

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