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Suécia Quer Ação da UE Sobre

08 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). O Ministro da Defesa da Suécia, Bjorn von Sydow, que preside a União Européia, disse na quinta-feira ser necessária uma atitude em relação aos relatos de mortes e doenças entre os soldados da força paz que serviram no Bálcãs.

"É importante que tomemos alguma atitude", disse von Sydow em um comunicado.

A chamada "síndrome dos Bálcãs" veio à tona nos últimos dias depois que foram divulgadas informações sobre seis soldados italianos que serviram na ex-Iugoslávia e desenvolveram leucemia. Eles morreram depois da exposição à munição preparada com urânio empobrecido.

"É bem-vinda uma discussão sobre a proposta da Bélgica para que se organize uma equipe médica na União Européia", disse Von Sydow, acrescentando que a proposta deve ser discutida na reunião de 9 de janeiro do Comitê de Segurança e Política.

Romano Prodi, presidente da Comissão Européia, braço executivo da UE, disse na quinta-feira que deseja que se esclareçam as denúncias ligando o urânio empobrecido das munições usadas pelas forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e as mortes e doenças dos soldados da organização militar que estiveram nos Bálcãs.

Prodi disse que esse tipo de munição não deve ser utilizada mesmo que haja o menor risco para soldados e civis.

A Itália pediu na quarta-feira à Otan que se investiguem as crescentes denúncias sobre o uso do urânio empobrecido. Solicitações similares também foram feitas por Portugal e Bélgica, que também registraram mortes de soldados que serviram nos Bálcãs. Na Bélgica morreram cinco militares e em Portugal um.

Na década de 1970, cientistas especialistas em armamentos começaram a incorporar o urânio empobrecido nos revestimentos e extremidades de mísseis, granadas e balas convencionais e não-nucleares. Sua grande densidade confere um maior poder de penetração para a munição usada contra tanques ou outros veículos blindados. A munição pode inclusive explodir no momento do impacto. O uso de urânio empobrecido em blindagens também aumenta sua resistência.

O urânio usado em armamentos é um produto feito pelo homem através de processamento do mineral urânio. Os isótopos mais radioativos do urânio são extraídos para o uso em armas nucleares e reatores civis. O que sobra é o isótopo menos radioativo 238, chamado de urânio empobrecido.

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