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Alimentação mais saudável pode proteger o cérebro envelhecido

19 de novembro de 2025 (Bibliomed). Pessoas que melhoraram sua alimentação na meia-idade tiveram um risco 25% menor de desenvolver demência, em comparação com aquelas cujas dietas pioraram, de acordo com descobertas de um estudo realizado na Universidade do Havaí em Manoa, nos Estados Unidos.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de quase 93.000 adultos que participaram de um estudo de saúde de longo prazo. Os participantes tinham entre 45 e 75 anos quando o estudo começou, na década de 1990, e mais de 21.000 desenvolveram doença de Alzheimer ou demência nos anos seguintes. Os participantes do estudo preencheram questionários sobre dieta, e os pesquisadores avaliaram suas respostas para medir sua adesão à dieta MIND (Intervenção Mediterrânea-DASH para Atraso Neurodegenerativo).

A dieta MIND combina a dieta mediterrânea com a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), dois padrões alimentares que comprovadamente melhoram a saúde das pessoas. Ele enfatiza grãos integrais, vegetais, nozes, feijões, frutas vermelhas, aves e peixes, ao mesmo tempo em que recomenda que as pessoas limitem o consumo de doces, tortas, carne vermelha, queijo, alimentos fritos e manteiga/margarina, de acordo com a Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan. No geral, pessoas cujas dietas estavam alinhadas ao padrão alimentar MIND desde o início tiveram um risco 9% menor de demência.

Uma redução ainda maior de 13% foi observada entre pessoas negras, hispânicas ou brancas. Segundo os pesquisadores, a relação protetora entre uma dieta saudável e demência foi mais pronunciada entre afro-norte-americanos, latinos e brancos, enquanto não foi tão evidente entre asiático-norte-americanos e apresentou uma tendência mais fraca entre nativos havaianos. Uma abordagem personalizada pode ser necessária ao avaliar a qualidade da dieta de diferentes subpopulações.

Por outro lado, os pesquisadores descobriram que pessoas cujas dietas se aproximaram mais da dieta MIND ao longo de um período de 10 anos tiveram um risco 25% menor de demência, mesmo que não seguissem esse padrão alimentar de perto no início.

Fonte: American Society for Nutrition Annual Meeting (NUTRITION) 2025.