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Caem Mortes por Derrame nos EUA, Mas Minorias Preocupam

03 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A Associação Americana do Coração (AHA, sigla para American Heart Association), anunciou algumas boas notícias. O informe de fim de ano mostrou que as mortes por derrame e enfarte diminuíram durante a última década, mas algumas estatísticas preocupantes também apareceram.

De acordo com a AHA, cerca de 40 por cento dos negros norte-americanos, homens e mulheres, sofrem de doença cardiovascular. Entre os índios norte-americanos e os nativos do Alasca com 18 anos de idade ou mais, 64 por cento dos homens e 61 por cento das mulheres têm um ou mais fatores de risco para doença cardiovascular como pressão sanguínea alta, fumo, diabete, obesidade ou colesterol alto.

Os jovens afro-americanos têm entre duas e três vezes mais risco de derrame isquêmico -- tipo mais comum de derrame -- que seus pares brancos. A possibilidade de morte por derrame entre negros norte-americanos também é mais alta.

Por exemplo, os negros entre 35 e 54 anos correm risco quatro vezes maior de morrer por derrame que brancos da mesma idade. O risco maior continua entre os 55 e os 64 anos, quando é três vezes mais alto, e entre 65 e 74 anos, quando é duas vezes maior.

Nativos norte-americanos e do Alasca entre 35 e 54 anos de idade têm um risco quase duas vezes maior de derrame que os brancos da mesma idade.

A hipertensão ou pressão sanguínea alta também foi estudada no trabalho. Os números mostram que os negros norte-americanos têm um risco maior para a doença e suas várias complicações.

A pressão sanguínea alta é considerada fator fundamental no risco de derrame, doença cardíaca e problemas renais sérios. No total, quase 37 por cento dos homens e mulheres negros têm pressão alta, enquanto entre os brancos a prevalência é de cerca de 25 por cento para homens e pouco mais de 20 por cento para mulheres.

A diabete, problema associado ao metabolismo da glicose, é extremamente comum nos EUA, com quase 800 mil novos casos diagnosticados a cada ano. Esta doença é responsável pela morte de dezenas de milhares de norte-americanos anualmente e mais de 5 milhões de pessoas nos EUA têm diabete ainda não diagnosticada, conforme a AHA.

Um total de 52 por cento das mulheres nativas norte-americanas entre 45 e 74 anos de idade são diabéticas, conforme a AHA. Quase 44 por cento dos homens nativos norte-americanos da mesma idade também são diabéticos, segundo o trabalho.

"Nos Estados Unidos, as doenças cardiovasculares causam mais morte tanto em homens quanto em mulheres que as outras seis causas de morte subsequentes combinadas", avaliou a presidente da AHA, Rose Marie Robertson. "A prevalência da hipertensão ainda é muito alta e as minorias com doenças cardiovasculares ainda são subatendidas e subtratadas", disse Robertson.

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