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Exames de sangue e urina podem identificar níveis de alimentos ultraprocessados na dieta

22 de outubro de 2025 (Bibliomed). Produtos químicos produzidos quando o corpo converte alimentos e bebidas ultraprocessados em energia podem ser encontrados no sangue e na urina das pessoas. Através desses exames é possível identificar o quanto da dieta de uma pessoa é composta por alimentos industrializados.

Os pesquisadores descobriram que certos conjuntos desses produtos químicos, conhecidos como metabólitos, correspondem de forma confiável à quantidade de alimentos ultraprocessados que uma pessoa ingere. Pontuações baseadas nesses metabólitos, "preditivas da ingestão de alimentos ultraprocessados, podem fornecer novos insights sobre o papel dos alimentos ultraprocessados na saúde humana.

Para este novo estudo, pesquisadores analisaram amostras de sangue e urina de 718 idosos, juntamente com diários alimentares, para identificar metabólitos associados a alimentos ultraprocessados. Esse processo levou um ano, com os participantes fornecendo amostras de sangue no início, meio e fim do ano. No geral, os pesquisadores identificaram 191 metabólitos no sangue e quase 300 na urina significativamente correlacionados com a ingestão de alimentos ultraprocessados, disseram os pesquisadores. Destes, eles selecionaram 28 metabólitos no sangue e 33 metabólitos na urina para servir como uma "pontuação" mais precisa para avaliar a quantidade de alimentos ultraprocessados que uma pessoa havia consumido.

Os pesquisadores então testaram suas descobertas em um experimento de laboratório alimentando 20 pessoas com duas dietas diferentes, uma contendo 80% de alimentos ultraprocessados e a outra sem nenhum alimento ultraprocessado. Cada pessoa seguiu cada dieta por duas semanas, após as quais amostras de sangue e urina foram coletadas. Os resultados mostraram que os metabólitos identificados de fato correspondiam às quantidades de alimentos ultraprocessados que os participantes do laboratório haviam consumido nas duas semanas anteriores.

Um grupo menor de quatro pessoas mostrou que os testes também conseguiram diferenciar dietas contendo 30% e 80% de alimentos ultraprocessados. Esses tipos de testes podem dar um grande impulso aos esforços que visam entender o impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde de uma pessoa, disseram. Usando os testes, os pesquisadores não precisariam depender da memória das pessoas para determinar a quantidade de alimentos ultraprocessados que elas comeram.

Fonte: PLOS Medicine. DOI: 10.1371/journal.pmed.1004560.

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