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Cientistas analisam fatores de risco de coágulo sanguíneo

02 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Recentemente, o problema de trombose venosa profunda, coágulos sanguíneos nas veias profundas da perna chegou às manchetes com a morte de uma jovem anteriormente saudável após uma longa viagem de avião.

Agora, uma equipe de pesquisadores franceses apontou alguns fatores de risco pouco reconhecidos de coágulos sanguíneos potencialmente fatais em pacientes externos, aqueles tratados em um ambulatório hospitalar ou em uma clínica.

Entre os mais de 1.200 pacientes externos que não foram submetidos a cirurgia, Meyer-Michel Samama, do Hotel Dieu, em Paris, e o Grupo de Estudo Sirius montaram um grupo de 636 pessoas com coágulos sanguíneos e o mesmo número sem coágulos.

Após analisar os dados, os cientistas afirmaram que um histórico de mais de três gestações, circulação venosa deficiente, insuficiência cardíaca crônica, viagens de longa distância, doenças infecciosas, trauma muscular -- todas as circunstâncias que impedem que os pacientes se movam e mantenham o sangue circulando -- estão entre os fatores que aumentam o risco de trombose venosa profunda (TVP).

Os resultados do estudo estão publicados na edição de 11 a 25 de dezembro de Archives of Internal Medicine.

Normalmente, a trombose venosa profunda ocorre nas pernas. A falta de mobilidade, como ficar preso à cama após uma cirurgia, pode fazer com que o sangue se acumule nas extremidades inferiores, aumentando o risco de formação de coágulo.

De acordo com Samama, normalmente uma tendência para a formação de coágulos é diagnosticada quando já é muito tarde para fazer alguma coisa a respeito, ou seja, após a morte súbita de um paciente.

Para prevenir as TVPs, acrescentou Samama, os pesquisadores precisam entender melhor os fatores de risco.

Samama e sua equipe analisaram os fatores de risco para coágulos sanguíneos de longo prazo (incluindo obesidade e doenças cardíacas) e de curto prazo (como gravidez e imobilização devido a lesão).

De acordo com o pesquisador, esse estudo demonstra que é possível identificar que pacientes podem estar sob risco de TVP e usar essa informação "para definir os pacientes médicos que podem se beneficiar da (terapia preventiva).

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