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19 de setembro de 2025 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, dizem que um exame de sangue simples, baseado em genes, demonstrou ser altamente preciso na previsão de se alguns pacientes com melanoma em estágio III têm probabilidade de sofrer recorrências de tumores cancerígenos. O novo teste procura um tipo específico de DNA eliminado por tumores de pacientes com melanoma em estágio III que, se encontrado, indica uma grande probabilidade de o câncer retornar após a cirurgia de linfonodo.
O melanoma em estágio III é uma forma avançada de câncer de pele em que a malignidade se espalhou além do local original para os gânglios linfáticos próximos ou tecido circundante, exigindo tratamento agressivo, como cirurgia, imunoterapia ou terapia direcionada para restringir sua progressão.
Usando o novo teste, uma análise de centenas de amostras de plasma sanguíneo coletadas de pacientes com melanoma em estágio III com genes BRAF mutados — que representam cerca de metade de todos os pacientes com câncer de pele — determinou que aproximadamente 80% daqueles que tinham evidências de DNA tumoral circulante, ou ctDNA, em suas amostras acabaram desenvolvendo recorrências de seus cânceres.
De acordo com os pesquisadores, o alto nível de precisão de previsão significa que oncologistas e dermatologistas podem em breve ter uma nova ferramenta valiosa para dizer de forma rápida e fácil quais pacientes têm mais probabilidade de responder bem à terapia "adjuvante" de acompanhamento após a cirurgia.
Os autores sugerem que os médicos que observarem um resultado positivo no teste de ctDNA em pacientes portadores de uma mutação do gene BRAF podem tomar medidas proativas, como solicitar uma tomografia computadorizada (TC) antes do prazo ou solicitar uma tomografia PET-CT mais sensível.
Fonte: The Lancet Oncology. DOI: 10.1016/S1470-2045(25)00139-1.
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