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18 de setembro de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo publicado na revista Journal of Affective Disorders, revela que o estresse sentido nas segundas-feiras não é apenas psicológico — ele deixa marcas biológicas duradouras no organismo. A pesquisa analisou mais de 3.500 idosos e descobriu que aqueles que relatavam ansiedade às segundas apresentavam níveis 23% mais altos de cortisol no cabelo, hormônio ligado ao estresse, acumulado ao longo de dois meses.
Surpreendentemente, o fenômeno foi observado não só em pessoas que trabalhavam, mas também em aposentados, sugerindo que o impacto da segunda-feira está enraizado no ritmo social e cultural, e não apenas na rotina de trabalho. O estudo associa esse "efeito segunda-feira" à desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), sistema responsável por controlar o estresse e que, quando cronicamente ativado, aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Além disso, já se sabe que as segundas-feiras estão associadas a um aumento de 19% na ocorrência de infartos. Os pesquisadores destacam que não é apenas a frequência da ansiedade nesse dia que preocupa, mas a intensidade da resposta biológica gerada.
Para os autores, repensar o impacto das segundas-feiras na saúde pode ajudar a desenvolver novas estratégias para prevenir doenças cardíacas, especialmente em populações mais velhas.
Fonte: Journal of Affective Disorders. DOI: 10.1016/j.jad.2025.119611.
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