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07 de agosto de 2025 (Bibliomed). A degeneração macular úmida é causada pelo crescimento excessivo de vasos sanguíneos na retina, o tecido sensível à luz localizado na parte posterior do olho. Os vasos vazam fluido ou sangram, danificando a retina e causando perda de visão. Para combater isso, os médicos prescrevem medicamentos que retardam o crescimento de novos vasos sanguíneos, chamados medicamentos anti-VEGF (fator de crescimento endotelial vascular).
Infelizmente, pesquisadores descobriram que esses medicamentos anti-VEGF podem, na verdade, prejudicar as melhorias na visão ao desencadear a superexpressão de uma segunda proteína relacionada aos vasos sanguíneos. Essa segunda proteína, ANGPTL4, também pode estimular a superprodução de vasos sanguíneos anormais na retina. Essas descobertas podem explicar por que menos da metade dos pacientes que recebem injeções oculares anti-VEGF mensais acabam apresentando alguma melhora significativa na visão.
No estudo, os pesquisadores compararam os níveis de VEGF e ANGPTL4 no fluido ocular de 52 pacientes com degeneração macular úmida, todos recebendo tratamentos anti-VEGF. Após o tratamento anti-VEGF, os níveis de VEGF diminuíram, mas os níveis de ANGPTL4 aumentaram. Essa atividade de ANGPTL4 pode promover um crescimento excessivo de vasos sanguíneos mais danosos, disseram os pesquisadores. A equipe então investigou maneiras de limitar os níveis de ANGPTL4, usando um medicamento experimental em camundongos com degeneração macular exsudativa.
O medicamento diminui os níveis de uma terceira proteína, HIF-4, conhecida por estar envolvida na degeneração macular exsudativa ao promover a produção de VEGF. O medicamento também diminuiu os níveis de VEGF e ANGPTL4 em camundongos e limitou o crescimento excessivo de vasos sanguíneos, descobriram os pesquisadores. Os resultados mostraram que a combinação do medicamento experimental com medicamentos anti-VEGF existentes se mostrou mais eficaz do que qualquer um dos medicamentos isoladamente em camundongos.
Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences. DOI: 10.1073/pnas.2322759121.
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