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Estimulação cerebral profunda pode reduzir comportamento autolesivo em crianças com autismo

24 de julho de 2025 (Bibliomed). Uma nova abordagem terapêutica promete esperança para crianças com transtorno do espectro autista (TEA) que apresentam comportamentos autolesivos graves. Um estudo piloto publicado na revista Biological Psychiatry demonstrou que a estimulação cerebral profunda (DBS) do núcleo accumbens - uma região do cérebro ligada ao sistema de recompensa - é segura e pode trazer benefícios importantes.

O estudo, monitorado pela Health Canada, envolveu seis crianças de 7 a 14 anos com comportamento autolesivo severo. Utilizando tecnologia vestível para medir movimentos e exames PET para analisar mudanças cerebrais, os pesquisadores observaram reduções significativas nas crises de autolesão e melhorias na qualidade de vida.

Crianças com esse tipo de comportamento representam uma população altamente vulnerável e, até agora, tinham opções de tratamento limitadas. Medicamentos usados off-label para controlar essas crises frequentemente apresentam eficácia reduzida e sérios efeitos colaterais.

A DBS já é usada em adultos para tratar condições como o transtorno obsessivo-compulsivo, mas essa foi a primeira vez que a técnica foi aplicada em um estudo clínico envolvendo uma condição do neurodesenvolvimento infantil.

Embora os resultados ainda sejam preliminares, eles indicam que estimular o núcleo accumbens pode normalizar circuitos cerebrais envolvidos no controle do comportamento, reduzindo a gravidade dos episódios autolesivos. Os cientistas destacam a necessidade de novos estudos com grupos maiores para confirmar a eficácia e segurança da abordagem.

A pesquisa abre caminho para oferecer esperança a famílias e crianças que vivem com essa condição tão desafiadora.

Fonte: Biological Psychiatry. DOI: 10.1016/j.biopsych.2024.12.001.

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