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24 de julho de 2025 (Bibliomed). Um estudo da Universidade de Bristol revelou que crianças que consomem pouco peixe são menos sociáveis e menos propensas a comportamentos altruístas e amigáveis. A pesquisa acompanhou cerca de 6.000 crianças participantes do projeto "Children of the 90s" e analisou dados sobre a alimentação e o comportamento entre os 7 e 9 anos de idade.
Segundo os pesquisadores, crianças que ingeriam menores quantidades de frutos do mar aos 7 anos apresentaram menos comportamentos “pro-sociais” - como interações amigáveis, disposição para compartilhar e atos de gentileza - do que aquelas que consumiam peixe regularmente. O estudo destaca que o peixe é fonte importante de nutrientes essenciais para o desenvolvimento infantil, incluindo ácidos graxos ômega-3, selênio e iodo.
Apesar das recomendações de que crianças consumam pelo menos duas porções de peixe por semana (sendo uma delas de peixe gorduroso como salmão ou cavala), a maioria dos participantes da pesquisa não atingia essa meta. Uma possível razão seria o receio dos pais em relação à exposição a poluentes, como o mercúrio, através do consumo excessivo de peixe.
Embora o estudo não tenha encontrado relação entre o consumo de peixe e o quociente de inteligência (QI) das crianças, ele reforça a importância da nutrição na formação de comportamentos sociais saudáveis desde a infância.
Os pesquisadores recomendam que os pais incentivem a inclusão regular de peixe na dieta dos filhos para favorecer um desenvolvimento comportamental mais positivo.
Fonte: European Journal of Nutrition. DOI: 10.1007/s00394-025-03636-7.
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