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Comer peixes na gravidez e amamentar melhora o desenvolvimento do bebê

11 de setembro de 2008 (Bibliomed). O alto consumo de peixes pela mãe durante a gestação e um maior período de amamentação melhoram o desenvolvimento físico e cognitivo do bebê, segundo estudo publicado na edição de setembro do “American Journal of Clinical Nutrition”. Os autores destacam que ambos têm efeitos benéficos independentes para a saúde do bebê.

Realizado por cientistas americanos e dinamarqueses, o estudo avaliou dados de mais de 25 mil crianças nascidas de mulheres que participavam de um estudo chamado Coorte Nacional Dinamarquesa de Nascimentos. As mães foram entrevistadas sobre as marcas de desenvolvimento dos filhos aos seis e 18 meses após o parto e sobre a amamentação; e a dieta pré-natal também foi avaliada.

As análises indicaram que filhos de mães com maior consumo de peixes na gravidez tinham mais chances de terem melhores habilidades motoras e cognitivas. Comparadas com aquelas que comiam menor quantidade de peixes, as maiores consumidoras do alimento (cerca de 60 gramas por dia) tinham filhos 25% mais propensos a ter maior desenvolvimento aos seis meses de vida, e 30% maior probabilidade de melhor desenvolvimento aos 18 meses.

A duração do período de amamentação também foi associada ao desenvolvimento infantil, principalmente aos 18 meses. Os autores acreditam que os nutrientes presentes no leite materno, incluindo o ômega-3 (encontrado também em peixes) são benéficos para o desenvolvimento da criança. E os benefícios do consumo de peixes eram similares entre aqueles amamentados por menos tempo e entre aqueles amamentados por períodos mais longos.

Embora os órgãos de saúde americanos recomendem a limitação do consumo de peixes na gestação por causa das altas taxas de mercúrio de alguns peixes, que podem ter efeitos tóxicos, os autores destacam que as mulheres devem continuar comendo peixes. Mas recomendam a opção por espécies que são propensas a ter menos mercúrio, como o salmão, bacalhau, cavala e linguado.

Fonte: EurekAlert. 09 de setembro de 2008.

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