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27 de junho de 2025 (Bibliomed). Um antigo remédio natural está sendo redescoberto pela medicina moderna: o mel. Segundo uma revisão recente publicada na revista Advanced Therapeutics, o mel medicinal pode desempenhar um papel importante na cicatrização de feridas, especialmente em um cenário global de crescente resistência aos antibióticos.
O estudo, conduzido por um pesquisador da Universidade de Montreal, analisou evidências científicas sobre as propriedades terapêuticas do mel, incluindo seus efeitos antissépticos, anti-inflamatórios e, surpreendentemente, pró-inflamatórios - dependendo do estado da ferida.
Dentre os tipos utilizados, destaca-se o mel de manuka, produzido na Nova Zelândia e na Austrália por abelhas que coletam néctar da árvore Leptospermum scoparium. Esse tipo de mel contém altas concentrações de metilglioxal, um composto com potentes propriedades antimicrobianas.
Ao contrário do mel de consumo comum, o mel medicinal precisa cumprir rígidos padrões de qualidade: ser orgânico, livre de contaminantes e esterilizado por radiação gama para eliminar micro-organismos nocivos.
Nos hospitais, o mel é usado principalmente na forma de curativos ou pomadas, e já existem mais de 20 produtos aprovados para uso clínico nos Estados Unidos. Resultados positivos têm sido observados em feridas como úlceras diabéticas, escaras, queimaduras e feridas cirúrgicas.
Apesar dos avanços, os especialistas ressaltam a necessidade de estudos mais padronizados para entender melhor as dosagens e os tipos ideais de mel a serem utilizados. O próximo passo da pesquisa inclui aplicações veterinárias e o desenvolvimento de produtos bioinspirados com composição estável.
Fonte: Advanced Therapeutics. DOI: 10.1002/adtp.202400502.
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