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26 de maio de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado na Inglaterra revelou que crianças que vivem em regiões com maiores índices de desemprego têm maior risco de serem internadas em emergências por doenças evitáveis com atendimento básico de saúde. Os pesquisadores analisaram dados entre 2012 e 2017 e descobriram que, para cada aumento de 1% na taxa de desemprego de um bairro, as internações de crianças de 0 a 9 anos aumentaram em 3,9%, enquanto para adolescentes de 10 a 19 anos, o aumento foi de 2,7%.
As condições de saúde analisadas são conhecidas como "condições sensíveis à atenção primária", ou ACSCs (na sigla em inglês). Essas são doenças que, com um bom atendimento em postos de saúde e prevenção adequada, poderiam ser tratadas antes de se agravarem e exigirem hospitalização. Entre os casos observados, as internações por doenças agudas aumentaram no período estudado, enquanto as relacionadas a condições crônicas diminuíram.
Os autores do estudo destacam que o acesso à saúde, por si só, não explica totalmente o aumento das internações. Eles sugerem que políticas públicas devem focar não apenas na melhoria do sistema de saúde, mas também em ações para reduzir o desemprego e a pobreza, que são fatores determinantes na saúde infantil.
Esses achados reforçam a importância de investimentos em prevenção e políticas sociais para garantir que todas as crianças tenham acesso a um sistema de saúde eficiente, reduzindo a necessidade de internações emergenciais.
Fonte: BMJ Paediatrics Open. DOI: 10.1136/bmjpo-2024-002991.
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