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Morar longe de hospitais aumenta riscos em emergências cirúrgicas

13 de maio de 2025 (Bibliomed). Um estudo revelou que o tempo de deslocamento ou viagem até hospitais de emergência pode ser um fator determinante para a gravidade das condições cirúrgicas e os resultados do tratamento. Analisando dados de 190.311 pacientes na Flórida e Califórnia, os pesquisadores observaram que pacientes que moravam a mais de 60 minutos de um hospital apresentavam doenças mais complexas e enfrentavam custos mais elevados.

A pesquisa mostrou que os pacientes com tempo de viagem superior a 120 minutos tinham 28% mais chances de apresentar condições cirúrgicas graves na chegada ao hospital, em comparação com aqueles que viviam a menos de 15 minutos da unidade de emergência. Além disso, esses pacientes apresentaram maior probabilidade de internação (41% a mais), necessidade de transferências entre hospitais (32% a mais) e internações mais longas, com uma média adicional de 0,47 dias.

Os custos também foram significativamente maiores para pacientes que viviam mais longe, com despesas hospitalares até US$ 8.284 superiores, em média. Esses dados destacam o impacto da distância no acesso ao cuidado, especialmente em regiões rurais ou áreas afetadas pelo fechamento de hospitais.

Os autores sugerem que o tempo de viagem deve ser levado em conta na formulação de políticas de saúde, especialmente para preservar o acesso rápido ao atendimento em emergências. A regionalização e a reabertura de hospitais em áreas críticas podem ajudar a mitigar os riscos de atrasos e melhorar os resultados dos pacientes.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.55258.

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