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21 de maio de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo revelou que o diabetes relacionado à obesidade pode tornar o câncer de mama triplo-negativo (TNBC) ainda mais agressivo, aumentando o risco de metástase no cérebro. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade de Boston, sugere que pacientes com essa condição metabólica devem receber um acompanhamento diferenciado e tratamentos personalizados.
Atualmente, os médicos tratam pacientes com câncer de mama da mesma forma, independentemente de terem diabetes ou não. No entanto, os pesquisadores descobriram que a resistência à insulina pode alterar a biologia do câncer, tornando-o mais perigoso.
Os cientistas analisaram exossomos, pequenas partículas liberadas por células de gordura, e identificaram que esses exossomos transportam microRNAs que intensificam o comportamento agressivo das células cancerígenas. Nos testes de laboratório, quando esses exossomos foram adicionados às células do TNBC, o câncer tornou-se mais resistente, se movimentou mais rapidamente e teve maior capacidade de colonizar o cérebro.
Além dos experimentos, os pesquisadores também analisaram dados de pacientes com câncer de mama e encontraram padrões que confirmam a relação entre diabetes, resistência à insulina e pior prognóstico da doença.
Diante desses achados, os especialistas defendem que o câncer de mama deve ser tratado considerando a saúde metabólica do paciente. Como a obesidade e o diabetes afetam milhões de pessoas em todo o mundo, entender essa relação pode levar a novas abordagens terapêuticas mais eficazes.
Fonte: Molecular Cancer Research. DOI: 10.1158/1541-7786.MCR-24-0494.
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