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01 de abril de 2025 (Bibliomed). Pesquisadores do University of Texas Southwestern Medical Center, nos Estados Unidos, descobriram que o HDL, conhecido como “bom” colesterol, pode desempenhar um papel essencial na preservação da matéria cinzenta do cérebro em adultos de meia-idade. Publicado no Journal of Clinical Medicine, o estudo oferece novas perspectivas sobre os fatores que influenciam a saúde cognitiva durante o envelhecimento.
A pesquisa avaliou 1.826 participantes, com idades entre 35 e 70 anos, como parte do Dallas Heart Study, uma pesquisa longitudinal. Usando ressonância magnética, os cientistas mediram o volume cerebral e testaram a função cognitiva dos participantes, juntamente com a análise das concentrações de lipoproteínas em jejum.
Os resultados mostraram que níveis mais altos de partículas pequenas de HDL estavam associados a maior volume de matéria cinzenta e melhor capacidade cognitiva. Partículas maiores ou concentrações totais de HDL não apresentaram o mesmo benefício. Segundo o estudo, as pequenas partículas de HDL podem atravessar a barreira hematoencefálica e desempenhar um papel protetor no cérebro.
Segundo os autores da pesquisa, o estudo identificou uma função inédita do HDL no cérebro, destacando sua importância para a saúde cognitiva; ainda, o tamanho e a função das partículas de HDL poderiam ser mais relevantes do que sua concentração total.
Os pesquisadores acreditam que níveis de partículas pequenas de HDL podem ser usados como marcadores de risco para declínio cognitivo, mas ressaltam que mais estudos são necessários para confirmar essas descobertas.
Fonte: Journal of Clinical Medicine. DOI: 10.3390/jcm13206218.
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