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Doença renal crônica pode estar ligada a problemas cognitivos

07 de abril de 2025 (Bibliomed). Um estudo canadense revelou uma conexão preocupante entre a doença renal crônica (DRC) e o declínio cognitivo, afetando habilidades como raciocínio, memória de trabalho e tempo de reação. A pesquisa, realizada com cerca de 16 mil pessoas saudáveis, analisou a capacidade de filtração dos rins (taxa de filtração glomerular) e sua relação com a função cerebral.

Os participantes com função renal reduzida apresentaram desempenho cognitivo inferior, independentemente de fatores como idade, sexo, índice de massa corporal ou saúde cardiovascular. Além disso, exames de imagem cerebral mostraram sinais de atrofia cortical, especialmente nos lobos frontais, uma área crucial para funções cognitivas avançadas.

Embora os mecanismos exatos ainda não sejam completamente compreendidos, os pesquisadores sugerem que a incapacidade dos rins de filtrar adequadamente o sangue pode permitir o acúmulo de toxinas que afetam o cérebro. O diabetes, principal causa da DRC, também pode contribuir para problemas vasculares que afetam tanto os rins quanto o cérebro.

A atrofia cerebral identificada nos participantes sugere um vínculo entre a função renal reduzida e a neurodegeneração, que está associada a condições como demência e Alzheimer.

Os especialistas destacam a importância de entender melhor essa relação para desenvolver intervenções mais direcionadas. "Se conseguirmos identificar as áreas cerebrais mais afetadas pela função renal, poderemos sugerir formas mais eficazes de tratamento", afirmou um dos pesquisadores.

Este estudo reforça a necessidade de monitorar a saúde dos rins não apenas para evitar complicações físicas, mas também para proteger a saúde cognitiva.

Fonte: Alzheimer's Dement. DOI: 10.1002/dad2.70044.

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