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13 de março de 2025 (Bibliomed). O papilomavírus humano (HPV) tem sido amplamente visto como um problema de saúde das mulheres, já que causa quase todos os casos de câncer cervical. Mas os homens também têm motivos para temer o HPV e se vacinar contra ele, mostra estudo realizado na Universidad Nacional de Córdoba, na Argentina.
As vacinas contra o HPV são recomendadas para crianças de 9 a 14 anos, pois são mais eficazes se administradas antes que a pessoa se torne sexualmente ativa e seja potencialmente exposta ao vírus. As taxas de vacinação entre meninos tendem a ficar atrás das meninas. Nos Estados Unidos, em 2022, quase 65% das meninas foram totalmente vacinadas contra o HPV, em comparação com cerca de 61% dos meninos.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sêmen de 27 homens infectados com HPV e outros 43 homens não infectados. Os homens infectados com HPV incluíam 20 portadores de cepas de alto risco associadas a cânceres cervicais, anais, genitais e de boca e garganta, disseram os pesquisadores. Os outros sete tinham cepas de baixo risco de HPV.
A análise inicial não encontrou nenhuma diferença na qualidade do sêmen entre os três grupos. Mas quando a equipe de pesquisa olhou mais de perto, eles descobriram que homens infectados com HPV de alto risco têm contagens significativamente menores de glóbulos brancos chamados leucócitos em seu sêmen.
Também houve evidências de que o esperma de homens com HPV de alto risco também sofre danos por estresse oxidativo que pode quebrar o DNA e causar morte celular.
De acordo com os pesquisadores, o estudo levanta questões importantes sobre como o HPV de alto risco afeta a qualidade do DNA do esperma e quais implicações isso tem para a reprodução e a saúde dos descendentes.
Fonte: Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. DOI: 10.3389/fcimb.2024.1420307.
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