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28 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Um estudo global revelou que o aumento das temperaturas está associado a sérios riscos para a saúde de gestantes e recém-nascidos. A pesquisa, publicada na Nature Medicine, analisou 198 estudos em 66 países e destacou a necessidade urgente de políticas climáticas que priorizem a saúde.
O estudo mostrou que, para cada aumento de 1°C na temperatura, há um aumento de 4% nas chances de parto prematuro. Durante ondas de calor, esse risco sobe para 26%. Além disso, a exposição ao calor está ligada a maiores taxas de diabetes gestacional, natimortos, anomalias congênitas e complicações obstétricas.
Embora existam poucas pesquisas sobre outros desfechos, como sangramentos antenatais e riscos associados a cesarianas, os dados sugerem que esses fatores também podem contribuir significativamente para a mortalidade e morbidade materna e neonatal.
O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Wits e liderado por especialistas em saúde planetária. Segundo os autores, os riscos representados pelo calor para gestantes e recém-nascidos são frequentemente subestimados, apesar de evidências crescentes de seu impacto.
A revisão sistemática também destacou os períodos críticos de maior vulnerabilidade durante a gravidez. Como o estudo será atualizado regularmente, ele servirá como uma ferramenta essencial para monitorar e integrar novas descobertas sobre os riscos à saúde relacionados ao clima.
Os pesquisadores esperam que os resultados incentivem mudanças políticas e ações globais para proteger as populações mais vulneráveis. "Proteger gestantes e recém-nascidos deve ser uma prioridade em nossas respostas às mudanças climáticas", concluíram os autores.
Fonte: Nature Medicine. DOI: 10.1038/s41591-024-03395-8.
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