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03 de dezembro de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, descobriram que pacientes com Covid Longa, que apresentam sintomas como "névoa cerebral" e dificuldades cognitivas, podem estar enfrentando alterações no cérebro semelhantes às observadas em doenças como Alzheimer. O estudo, publicado na revista Alzheimer's & Dementia, revelou que as anomalias na atividade cerebral em pacientes que tiveram Covid-19 se assemelham aos padrões vistos em doenças neurodegenerativas.
A "névoa cerebral" relatada por muitos sobreviventes da Covid-19 inclui problemas de memória, confusão e dificuldade de concentração. De acordo com os pesquisadores, essas disfunções cerebrais podem estar relacionadas à inflamação e à ativação das células de suporte do cérebro, conhecidas como astrócitos, o que também é comum em pacientes com Alzheimer.
Os cientistas sugerem que essas condições compartilham mecanismos biológicos subjacentes, como neuroinflamação, atividade anormal dos astrócitos e disfunções sinápticas. Essas descobertas podem abrir caminho para novas pesquisas e tratamentos para pacientes que sofrem com problemas cognitivos após a infecção por Covid-19.
Uma das principais recomendações do estudo é a adoção de exames regulares de eletroencefalografia (EEG), uma ferramenta acessível que pode detectar alterações cerebrais precoces. O monitoramento de padrões cerebrais pode ajudar a identificar indivíduos em risco de declínio cognitivo e permitir intervenções mais precoces.
Este avanço é significativo, pois estabelece uma ligação entre a Covid-19 e doenças neurodegenerativas, sugerindo que a infecção pelo vírus pode desencadear processos cerebrais semelhantes aos que causam demências como o Alzheimer.
Fonte: Alzheimer's & Dementia. DOI: 10.1002/alz.14089.
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