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26 de novembro de 2024 (Bibliomed). Estudo publicado pelo British Medical Journal revelou que, embora as taxas de suicídio entre médicos em geral tenham diminuído ao longo do tempo, as médicas ainda enfrentam um risco significativamente maior de suicídio em comparação com a população geral. A pesquisa analisou dados de 20 países, incluindo estudos observacionais publicados entre 1960 e 2024.
Foram analisados 39 estudos, relatando 3.303 suicídios de médicos homens e 587 de médicas ao longo de dois períodos de observação. Enquanto os médicos do sexo masculino não apresentaram um risco de suicídio maior do que a população em geral, o risco para as médicas foi 76% superior. Estudos mais recentes mostraram uma diminuição nas taxas de suicídio tanto para médicos quanto para médicas, mas o risco para as mulheres permaneceu 24% acima da média da população.
As causas dessa diminuição não são totalmente compreendidas, mas a maior conscientização sobre saúde mental e o apoio no ambiente de trabalho podem ter desempenhado um papel importante. No entanto, os resultados destacam a necessidade contínua de esforços para prevenção de suicídios, especialmente entre médicas.
Os pesquisadores também observaram uma taxa de suicídio 81% maior entre médicos do sexo masculino em comparação com outros profissionais de status social e econômico semelhante. No caso das médicas, a falta de estudos suficientes impede conclusões definitivas.
Para combater o problema, os especialistas sugerem que medidas sejam tomadas para reduzir o estresse mental e o risco de suicídio, abordando questões sistêmicas no ambiente de trabalho, promovendo um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional, e oferecendo acesso a serviços de tratamento precoce e confidencial.
Fonte: BMJ. DOI: 10.1136/bmj-2023-078964.
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