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Risco maior de reinternação após parto cesariano

NEW YORK (Reuters Health) – Mães que têm filhos através de parto cesariano enfrentam um risco aproximadamente duas vezes maior do que as outras mães de serem reinternadas nos 2 meses após o parto, relatam pesquisadores dos EUA.

Como a infecção foi uma causa comum de readmissão destas pacientes, os autores do estudo recomendam aumento nas medidas preventivas de infecção pós operatória nas cesarianas.

Sabe-se há muito tempo que as complicações são mais comuns após o parto por via cesariana ou por fórceps –parto assistido por vácuo, mas existe pouca informação disponível com relação às taxas de reinternação nos meses após o parto.

"Até onde sabemos, estes é o primeiro estudo baseado na população dos EUA que estuda especificamente o risco de reinternação pós parto da mãe associado ao tipo de parto," de acordo com a Dra. Mona Lydon-Rochelle e associados da Universidade de Washington em Seattle. Seus resultados estão publicados na edição de 10 de maio do The Journal of the American Medical Association.

Os autores compararam os atestados de nascimento e informações de alta hospitalar para determinar quais mulheres necessitaram de reinternação e os motivos para esta hospitalização. Mulheres com parto cesariano foram mais propensas a ter crianças com peso alto ou baixo ao nascer, observam os pesquisadores, e estas mulheres tiveram as mais altas taxas de complicação no parto.

O parto cesariano foi associado com uma taxa de reinternação 80% maior, e o parto vaginal assistido foi associado com uma taxa de reinternação 30% mais alta, comparados com o parto vaginal não complicado, indicam os resultados.

Comparadas a outras mulheres, mulheres que fizeram cesariana foram mais propensas a ser reinternadas com infecção uterina, problema de vesícula biliar, problemas cardíacos ou pulmonares, ou problemas urinários. Elas também estavam sob mais alto risco de reinternação para tratar infecções da incisão cirúrgica – apesar de que isto somente ocorreu em 4 por 1000 casos. Os pesquisadores também encontraram que entre mulheres que tiveram parto vaginal assistido, sangramento, infecções e complicações da ferida, e lesão pélvica foram motivos comuns de reinternação.

"Para médicos e mulheres que estão se decidindo se um parto vaginal operatório ou um parto cesariano deve ser escolhido, nossos dados fornecem pistas sobre o grau relativo de risco materno das duas abordagens," escrevem Lydon-Rochelle e colaboradores.

Os autores concluem que estratégias eficientes para prevenção e controle de infecções relacionadas ao parto devem ser prioridade dos obstetras.

FONTE: The Journal of the American Medical Association 2000;283:2411-2416.

Sinopse preparada por Reuters Health

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