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18 de setembro de 2024 (Bibliomed). Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Illinois e da Universidade Nebraska-Lincoln, ambas nos Estados Unidos, revelou que certos nutrientes presentes em nossa dieta podem influenciar a velocidade do envelhecimento cerebral. Os pesquisadores analisaram exames cerebrais e a ingestão nutricional de 100 voluntários com idades entre 65 e 75 anos. Eles encontraram uma ligação entre dietas ricas em nutrientes específicos e um envelhecimento cerebral mais lento.
Os cientistas identificaram dois tipos distintos de envelhecimento cerebral. O envelhecimento mais lento estava associado a uma ingestão nutricional semelhante à da dieta mediterrânea, conhecida por seus benefícios à saúde. Essa dieta inclui alimentos ricos em ácidos graxos, como peixe e azeite, antioxidantes como a vitamina E presente em espinafre e amêndoas, além de carotenoides encontrados em cenouras e abóbora, e colina, abundante em gemas de ovo e carne de órgãos.
Os pesquisadores utilizaram amostras de sangue para analisar biomarcadores nutricionais, fornecendo evidências científicas sólidas sobre a alimentação dos participantes. Esses biomarcadores foram associados a uma melhor configuração e função dos neurônios, conforme observado em exames de ressonância magnética e avaliações cognitivas.
A pesquisa destaca a importância da nutrição para a saúde cerebral e sugere que ajustes simples na dieta podem reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Estudos anteriores, incluindo um de 2023 que acompanhou participantes por 12 anos, também encontraram conexões entre a dieta mediterrânea e a diminuição do declínio cognitivo.
Os pesquisadores planejam agora realizar ensaios clínicos de longo prazo para investigar como a dieta pode afetar o envelhecimento do cérebro, oferecendo esperanças de novas estratégias para a prevenção de doenças neurodegenerativas.
Fonte: npj Aging. DOI: 10.1038/s41514-024-00150-8.
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