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Remédios para a próstata podem ajudar a prevenir a demência com corpos de Lewy

21 de agosto de 2024 (Bibliomed). Medicamentos para próstata podem ajudar a reduzir o risco de um tipo específico de demência, sugere um novo estudo realizado na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Pessoas tinham menos probabilidade de desenvolver demência por corpos de Lewy ao tomar medicamentos projetados para tratar sintomas urinários causados ??por uma próstata aumentada.

A demência por corpos de Lewy é causada pela proteína alfa-sinucleína, que forma depósitos anormais chamados corpos de Lewy que afetam substâncias químicas no cérebro. Esta forma de demência pode causar problemas de pensamento e memória, problemas de movimento e até mesmo alucinações visuais. Mais de 80% das pessoas com demência por corpos de Lewy veem coisas que não estão realmente lá.

Para este estudo, os pesquisadores se concentraram nos medicamentos terazosina, doxazosina e alfuzosina, que ajudam os homens a urinar mais facilmente, apesar da próstata aumentada. Esses medicamentos ajudam a relaxar os músculos da próstata e da bexiga.

No entanto, os três medicamentos também ativam uma enzima importante para a produção de energia nas células cerebrais, e estudos anteriores mostraram uma ligação entre esses medicamentos e a doença de Parkinson.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 126.000 homens tomando um dos três medicamentos e os compararam com mais de 517.000 homens tomando dois outros tipos de medicamentos para próstata que não ativam essa enzima.

Os resultados mostram que os homens que tomam um dos três medicamentos tinham cerca de 40% menos probabilidade de desenvolver demência por corpos de Lewy do que aqueles que tomavam os outros dois medicamentos.

Os pesquisadores alertaram que, como apenas homens foram incluídos no estudo, os resultados podem não se aplicar a mulheres. A demência por corpos de Lewy parece afetar um pouco mais homens do que mulheres. Além disso, a demência por corpos de Lewy pode ser difícil de diagnosticar, então é possível que os pesquisadores não tenham identificado todos que desenvolveram a doença cerebral.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000209570.