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18 de dezembro de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Boston desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial (IA) capaz de diagnosticar dez diferentes tipos de demência, como demência vascular, demência com corpos de Lewy e demência frontotemporal, mesmo quando ocorrem simultaneamente. Este avanço, publicado na revista Nature Medicine, pode transformar a forma como as demências são diagnosticadas e tratadas.
O sistema utiliza um modelo de aprendizado de máquina multimodal que analisa dados clínicos comuns, incluindo informações demográficas, histórico médico do paciente e da família, uso de medicamentos, exames neurológicos e neuropsicológicos, e imagens de ressonância magnética (MRI). A ferramenta alcançou uma precisão impressionante, com uma pontuação de 0,96 na curva ROC (Receiver Operating Characteristic), onde 1 indica desempenho perfeito.
Segundo os autores, a capacidade de gerar diagnósticos usando dados clínicos rotineiros é crucial, especialmente em regiões remotas e em desenvolvimento econômico, onde o acesso a testes padrão-ouro é limitado.
Além disso, a ferramenta de IA mostrou aumentar a precisão dos neurologistas em mais de 26% ao diagnosticar os dez tipos de demência. Em um teste com 100 casos selecionados aleatoriamente, 12 neurologistas fizeram diagnósticos e deram uma pontuação de confiança, que foi combinada com a pontuação de probabilidade da IA para obter um resultado aprimorado.
Com o número de casos de demência previsto para dobrar nos próximos 20 anos, os pesquisadores esperam que esta ferramenta de IA possa fornecer diagnósticos precisos e apoiar a demanda crescente por intervenções terapêuticas direcionadas.
Fonte: Nature Medicine. DOI: 10.1038/s41591-024-03118-z.
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