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16 de agosto de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente sugere que ocupações cognitivamente estimulantes durante os 30, 40, 50 e 60 anos de idade podem reduzir o risco de comprometimento cognitivo leve (MCI) e demência após os 70 anos. Esta pesquisa é pioneira ao associar de forma objetiva as demandas cognitivas ocupacionais com a saúde mental na velhice, utilizando avaliações objetivas ao invés de subjetivas.
Os pesquisadores utilizaram dados do registro administrativo norueguês e do banco de dados O*NET do Departamento de Trabalho dos EUA para analisar as características ocupacionais de mais de 300 empregos. Eles calcularam o índice de intensidade de tarefas rotineiras (RTI), onde um índice RTI mais baixo indica ocupações com maiores exigências cognitivas.
O estudo revelou que indivíduos em carreiras com altas demandas cognitivas apresentaram menores riscos de desenvolver MCI e demência. Esses resultados foram ajustados por fatores como idade, sexo e educação. Interessantemente, mesmo considerando o nível educacional, as demandas cognitivas ocupacionais ainda mostraram um impacto significativo, indicando que tanto a educação quanto a complexidade do trabalho são importantes para diminuir o risco de demência.
A pesquisa, publicada na revista Neurology, ressalta a importância de ocupações mentalmente desafiadoras e sugere que ações futuras deveriam considerar a promoção de trabalhos que estimulem cognitivamente, visando proteger a saúde mental na terceira idade.
Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000209353.
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