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15 de agosto de 2024 (Bibliomed). Este estudo investigou o risco de câncer em crianças nascidas após técnicas de reprodução medicamente assistida, comparando com aquelas concebidas naturalmente. A pesquisa, realizada na França, incluiu mais de 8 milhões de crianças nascidas entre 2010 e 2021, sendo acompanhadas até junho de 2022.
O estudo analisou especificamente crianças nascidas após transferência de embriões frescos ou congelados e inseminação artificial. Os resultados gerais mostraram que não há diferença significativa no risco de câncer entre as crianças concebidas por essas técnicas e as concebidas naturalmente. No entanto, um aumento no risco de leucemia foi observado, particularmente leucemia linfoblástica aguda, em crianças nascidas após transferência de embriões congelados.
Os dados revelam que o risco de leucemia linfoblástica aguda é 61% maior em crianças nascidas após a transferência de embriões congelados em comparação com as concebidas naturalmente. Essa descoberta é particularmente preocupante, dada a popularidade crescente das técnicas de reprodução assistida.
A pesquisa sugere que as intervenções médicas envolvidas na reprodução assistida, que podem incluir distúrbios epigenéticos potenciais, devem ser monitoradas de perto em relação ao seu impacto a longo prazo na saúde das crianças. Embora o número de casos de leucemia identificados seja limitado, os resultados apontam para a necessidade de vigilância contínua e pesquisa adicional para entender melhor essas associações.
Assim, segundo o estudo, torna-se importante acompanhar a saúde das crianças nascidas através de técnicas de reprodução assistida, garantindo que os benefícios desses métodos sejam avaliados em relação aos seus riscos potenciais.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.9435.
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