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16 de julho de 2024 (Bibliomed). Os glioblastomas são as formas mais comuns e agressivas de tumores cerebrais em adultos, com expectativa de vida após o diagnóstico de apenas 12 a 18 meses. Certos tratamentos – cirurgia, radioterapia e quimioterapia – podem combater o tumor durante algum tempo, mas a recorrência é comum e, quando isso acontece, a morte normalmente ocorre dentro de um ano.
A terapia CAR T tem sido usada com sucesso há muito tempo para combater doenças malignas do sangue, mas os tumores sólidos têm sido alvos muito mais difíceis. Nessa forma de tratamento, aproveita-se o poder das células T do sistema imunológico do paciente, que são reprogramadas para procurar e destruir uma proteína específica encontrada nas células cancerígenas.
No estudo, os pesquisadores visaram duas proteínas nas células tumorais: receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), que se acredita estar presente em 60% de todos os glioblastomas; e receptor alfa 2 da interleucina-13 (IL13Ra2), que é encontrado em mais de 75% desses tumores.
Eles também criaram uma maneira de garantir que as células CAR T chegassem diretamente ao cérebro: em vez de administrá-los por via intravenosa, como é habitual, a equipe os injetou no líquido espinhal de cada paciente, que viaja diretamente para o cérebro.
A estratégia pareceu funcionar: exames de ressonância magnética realizados apenas 24 e 48 horas após a entrega do CAR T mostraram uma redução notável dos tumores. Essas reduções foram sustentadas vários meses depois em um subconjunto de pacientes.
Os pesquisadores ressaltam que, como todo tratamento, podem ocorrer efeitos colaterais, sendo que o CART T também pode matar células cerebrais saudáveis, o que é chamado de neurotoxicidade. No estudo, quando houve esse efeito colateral, ele foi controlado.
Fonte: Nature Medicine. DOI: 10.1038/s41591-024-02893-z.
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