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15 de julho de 2024 (Bibliomed). As ferramentas de inteligência artificial (IA) nem sempre ajudam os radiologistas a revisar melhor as radiografias ou tomografias computadorizadas de um paciente, indica estudo realizado na Harvard University, nos Estados unidos.
A IA tem sido apontada como um meio potencial de melhorar a capacidade dos médicos de interpretar imagens médicas. No entanto, os benefícios da IA variam de médico para médico e, em alguns casos, pode interferir no desempenho e na precisão do radiologista.
Para o estudo, os pesquisadores acompanharam como a IA afetou o desempenho de 140 radiologistas em 15 tarefas de diagnóstico associadas a imagens de raios-X. Os radiologistas foram convidados a avaliar 324 casos diferentes de pacientes envolvendo 15 doenças que poderiam ser observadas em radiografias de tórax.
Os pesquisadores usaram métricas computacionais avançadas para comparar como os médicos detectaram e identificaram corretamente doenças com e sem a ajuda da IA. Eles descobriram que o efeito da assistência de IA era inconsistente e variava entre os radiologistas. Os programas melhoraram o desempenho de alguns médicos e pioraram-no em outros.
Surpreendentemente, os investigadores descobriram que a experiência pessoal de um médico em radiologia não previa de forma fiável até que ponto a IA os ajudaria ou atrapalharia. Fatores como quantos anos de experiência, especialização em radiologia torácica e se já haviam usado IA antes não influenciaram de forma consistente o desempenho de um médico. Além disso, os médicos que não eram bons na leitura de raios X não se beneficiaram consistentemente da assistência da IA. No geral, os radiologistas de baixo desempenho leem mal os raios X com ou sem IA.
No entanto, os pesquisadores descobriram que ferramentas de IA mais precisas tendem a melhorar o desempenho dos médicos, enquanto programas que não são tão bons podem atrapalhar um diagnóstico adequado.
Fonte: Nature Medicine. DOI: 10.1038/s41591-024-02850-w.
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