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Pesquisa indica possíveis impactos cognitivos após a Covid-19

02 de julho de 2024 (Bibliomed). Um estudo realizado na Inglaterra avaliou os sintomas cognitivos após a infecção pelo coronavírus, causador da Covid-19. Os pesquisadores convidaram 800.000 adultos para completar uma avaliação online da função cognitiva, estimando um escore global cognitivo com base em oito tarefas.

Os resultados indicaram que participantes que se recuperaram da Covid-19, mas ainda apresentavam sintomas persistentes após 12 semanas, tinham déficits cognitivos objetivamente mensuráveis, especialmente nas funções executivas e na memória. Esses déficits foram mais pronunciados em pessoas que foram hospitalizadas e durante períodos em que as variantes originais ou predominantes do vírus estavam ativas.

Os participantes que se recuperaram rapidamente, em menos de 4 semanas, também mostraram pequenos déficits cognitivos em comparação com aqueles que não contraíram o vírus. Entretanto, aqueles com sintomas persistentes apresentaram déficits maiores.

As tarefas de memória, raciocínio e função executiva foram as mais afetadas nos participantes com sintomas persistentes, e essas deficiências foram observadas mesmo em casos de sintomas leves recentes, como problemas de memória e dificuldade de concentração.

Os pesquisadores ressaltam que ainda há incertezas sobre a persistência de déficits cognitivos a longo prazo e suas implicações clínicas. No entanto, esses resultados destacam a importância de monitorar de perto os pacientes que se recuperaram da Covid-19, especialmente aqueles com sintomas persistentes, e oferecer suporte adequado para a sua recuperação.

Este estudo contribui para uma melhor compreensão dos efeitos da Covid-19 no cérebro e ressalta a importância contínua da pesquisa sobre os impactos a longo prazo dessa doença.

Fonte: The New England Journal of Medicine. DOI: 10.1056/NEJMoa2311330.

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