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Cães podem reduzir convulsões em pessoas com epilepsia

13 de junho de 2024 (Bibliomed). Os cães são usados como companhia e ajuda para diversas condições, e agora um novo estudo realizado na Erasmus University Rotterdam, na Holanda.

Um grupo de 25 participantes do estudo teve em média 31% menos convulsões após meses possuindo um cão de serviço treinado para ajudar pessoas com epilepsia. Além disso, sete desses pacientes experimentaram uma redução de 50% a 100% nas convulsões.

Esses cães eram treinados para reconhecer atividades convulsivas observando os movimentos e sons de seus tutores. Eles podem ser treinados para ativar alarme, buscar remédios ou telefone, bloquear a movimentação do paciente ou mudar a posição do corpo da pessoa, além de fornecerem companhia à medida que a convulsão diminui, aliviando a desorientação e aborrecimento da pessoa.

Todos os participantes receberam aleatoriamente um cão de serviço. Eles poderiam escolher entre treinar um filhote em sua própria casa com assistência de um treinador ou receber um cão já treinado em socialização e obediência que só precisava aprender tarefas específicas para a epilepsia.

Os participantes mantiveram um diário da frequência e dos tipos de convulsões que tiveram e preencheram questionários a cada três meses sobre sua saúde e bem-estar. Eles foram acompanhados por até três anos.

No início do estudo, os pacientes tinham uma média de 115 convulsões por mês. Depois de fazer parceria com um cão de serviço, essa média caiu para 73 convulsões por mês. O número de dias sem convulsões dos pacientes também aumentou, de 11 dias antes para 15 dias depois do cão.

Os pesquisadores explicam que, apesar do desenvolvimento de vários medicamentos anticonvulsivantes nos últimos 15 anos, até 30% das pessoas com epilepsia apresentam convulsões persistentes. O trabalho realizado com os cães, juntamente com sua companhia, pode reduzir a ansiedade relacionada com as convulsões, reduzindo também potencialmente as convulsões causadas pelo stress, o gatilho mais comum.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000209178.

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