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31 de julho de 2023 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, descobriram uma nova maneira pela qual o canabidiol reduz as convulsões em crianças que sofrem de várias formas de epilepsia resistentes ao tratamento.
Os pesquisadores descobriram que o canabidiol bloqueia os sinais transmitidos por uma molécula chamada lisofosfatidilinositol, ou LPI, que se acredita amplificar os sinais nervosos, mas é mais pronunciado na epilepsia. Embora os pesquisadores tenham confirmado descobertas anteriores de que o canabidiol bloqueia a capacidade do LPI de amplificar os sinais nervosos no hipocampo do cérebro, eles também descobriram pela primeira vez que o LPI também enfraquece os sinais que combatem as convulsões.
O estudo examinou modelos de roedores para explorar os mecanismos por trás das convulsões. Ao tratar camundongos com canabidiol antes de introduzir estímulos indutores de convulsões, eles descobriram que o canabidiol bloqueava um "ciclo de feedback positivo" durante o qual as convulsões aumentam a proteína chamada receptor 55 acoplado a G, ou GPR55, nas superfícies das células neuronais, o que estimula mais convulsões.
Os pesquisadores também descobriram que, enquanto o LPI amplifica os sinais elétricos recebidos, os endocanabinoides, como o 2-AG, diminuem a liberação de neurotransmissores das células nervosas.
Segundo os autores, teoricamente, cérebro poderia controlar a atividade alternando entre o LPI pró-excitatório e as ações restaurativas do 2-AG. Sabendo disso, os cientistas que desenvolvem medicamentos podem inibir as enzimas que sustentam a produção de LPI ou promover sua conversão em 2-AG, como uma abordagem adicional para controlar as convulsões. O LPI também pode servir como um biomarcador de convulsões ou preditor de resposta clínica ao canabidiol, fornecendo uma área de pesquisa futura.
Fonte: Neuron. DOI: 10.1016/j.neuron.2023.01.018.
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