Notícias de saúde
ZURIQUE (Reuters) - Pessoas que sofrem da forma agressiva do linfoma não-Hodgkins têm uma chance maior de sobrevivência se acrescentarem à sua terapia quimioterápica a droga Mabthera, fabricada pelo laboratório Roche, afirmou o laboratório na segunda-feira.
Evidências de ensaios de fase 3, apresentadas durante o encontro da American Society of Hematology (Sociedade Americana de Hematologia), na Califórnia, Estados Unidos, demonstraram uma melhora importante quando os dois tratamentos eram combinados, sem aumento significativo aparente de efeitos adversos, afirmou a Roche em um comunicado.
"Esses resultados são expressivos pois a quimioterapia padrão mostrou uma taxa de cura de somente 30 a 40 por cento de uma doença que pode ser fatal rapidamente", disse Bertrand Coiffier, chefe do Departamento de Hematologia de Hospices Civiles de Lyon, na França.
Pacientes que receberam Mabthera apresentaram uma chance de sobrevivência de 83 por cento após um ano de tratamento, em comparação a 68 por cento dos pacientes no tratamento padrão de quimioterapia.
Além disso, os que receberam a droga tiveram uma chance de 96 por cento de ficarem livres da doença após um ano, comparados a 49 por cento dos que não estavam tomando a droga. A chance de remissão completa da doença foi de 76 por cento entre pacientes submetidos ao uso da Mabthera e de 60 por cento entre aqueles somente sob quimioterapia, de acordo com a Roche.
"Os resultados são muito consistentes e mostram a tendência desse novo tratamento se tornar padrão", disse o hematologista Ricardo Bigni, do Instituto Nacional de Câncer (Inca), à assessoria do laboratório no Brasil.
Os ensaios foram conduzidos em 400 pacientes com mais de 60 anos, que não haviam recebido tratamento anterior, com linfoma de não-Hodgkins agressivo, o terceiro tipo de câncer que mais cresce no mundo, afirmou o laboratório.
O linfoma não-Hodgkins é um tipo de câncer que se desenvolve no sistema linfático e, na versão agressiva da doença, as células malignas se dividem rapidamente, espalhando-se pelo corpo. Sem tratamento, a doença pode matar entre seis meses a dois anos.
Sinopse preparada por Reuters Health
Copyright © 2000 Reuters Limited. All rights reserved. Republication or redistribution of Reuters Limited content, including by framing or similar means, is expressly prohibited without the prior written consent of Reuters Limited.
Veja também