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Belo Horizonte, 03 de Agosto de 2001 (Bibliomed). - Pesquisadores americanos acreditam que os portadores de formas graves da doença de pele psoríase têm riscos maiores de desenvolver câncer de pele e tumores no tecido linfóide (linfoma).
O que os especialistas não conseguiram descobrir ainda é se isso ocorre em razão da própria doença ou do tratamento empregado no seu combate. Uma publicação recente do Archives os Dermatology revelou que algumas pesquisas apontam que o tratamento para psoríase grave, baseado na exposição à luz ultravioleta A, aumenta os riscos de câncer.
Entre os fatores que reforçam as suspeitas médicas está o fato de que alguns tratamentos envolvem drogas que atuam sobre o sistema imunológico, o que pode aumentar potencialmente o risco de desenvolvimento do câncer.
A psoríase é uma doença crônica, normalmente dolorosa, que se caracteriza por manchas avermelhadas na pele, cobertas com escamas prateadas.
A doença é considerada grave quando cobre mais de 10% do corpo. Os riscos de câncer nos portadores da psoríase foram avaliados por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, EUA.
Os médicos estudaram dados de 260 mil adultos – cerca de 18 mil estavam com psoríase e os demais tinham pressão alta, casos graves da doença de pele, eczema ou eram transplantados.
Entre os pacientes com psoríase grave, os pesquisadores constataram 78% mais chances de desenvolvimento do câncer, principalmente o câncer de pele e o linfoma. Os riscos foram similares aos encontrados entre os pacientes transplantados, que utilizam drogas supressoras do sistema imunológico.
David Margolis, principal autor do estudo, explicou que ainda não se sabe se a gravidade da doença ou se os tratamentos com medicamentos sistêmicos são responsáveis pelos riscos maiores do câncer.
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