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Menos mamografias na pandemia podem resultar em mais mortes

05 de agosto de 2021 (Bibliomed). Um novo estudo da Universidade de Wisconsin, mostrou que, nos Estados Unidos, muitas mulheres deixaram de realizar sua mamografia de rotina durante a pandemia, o que sugere que as interrupções no rastreamento e no tratamento do câncer de mama, resultando em um aumento nas mortes pela doença.

Como parte das medidas de saúde pública relacionadas à pandemia introduzidas em março de 2020, a mamografia foi um dos muitos procedimentos eletivos que os americanos suspenderam. Como resultado, as mamografias caíram em até 80%. Além disso, muitas pacientes que já lutavam contra o câncer de mama viram seus tratamentos atrasados ??ou enfrentaram reduções nos tratamentos de quimioterapia planejados ou esperados.

Para prever como essas interrupções nos primeiros seis meses da pandemia afetarão os futuros números de mortes por câncer de mama, os pesquisadores se voltaram para três modelos de simulação de câncer de mama desenvolvidos de forma independente pela Rede de Intervenção e Vigilância do Câncer do Instituto Nacional do Câncer dos EUA.

Os dados usados ??nos modelos vieram da Epic Health Research Network, que coletou números de 60 organizações de saúde representando 10 milhões de mulheres em 306 hospitais em 28 estados, e mostraram que cerca de 50% das mulheres que estavam programadas para fazer mamografias de rastreamento faltaram às consultas. Além disso, 25% das mulheres atrasaram as avaliações dos sintomas do câncer de mama, resultando em atraso no diagnóstico e no tratamento.

Os modelos sugerem que o número de mortes excessivas por câncer de mama devido ao impacto da pandemia COVID-19 no rastreamento, diagnóstico e tratamento de quimioterapia pode chegar a 2.487 na próxima década.

Esse número inclui 950 mortes adicionais por câncer de mama relacionadas ao rastreamento reduzido, 1.314 associadas ao diagnóstico tardio de casos sintomáticos e 151 devido ao uso reduzido de quimioterapia em mulheres com câncer de mama em estágio inicial. O número geral previsto de mortes em excesso significaria um aumento de 0,52% nas mortes por câncer de mama entre 2020 e 2030.

Fonte: Journal of the National Cancer Institute. DOI: 10.1093/jnci/djab097.