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25 de abril de 2024 (Bibliomed). Um novo estudo, realizado no no Vanderbilt University Medical Center, nos Estados Unidos, acompanhou os resultados de 10 anos e os efeitos colaterais do tratamento para quase 2.500 homens diagnosticados pela primeira vez com câncer de próstata em 2011 e 2012. Seus resultados podem ajudar homens recém-diagnosticados com câncer de próstata que enfrentam uma variedade assustadora de opções de tratamento.
O estudo envolveu cerca de 2.300 homens que foram divididos em dois grupos, com base na gravidade da doença e no prognóstico. O tratamento oferecido aos pacientes com câncer de próstata geralmente difere com base no prognóstico.
Homens com prognóstico "favorável" receberam quatro opções de tratamento: vigilância ativa, onde não há tratamento, mas o tumor é acompanhado de perto; prostatectomia poupadora de nervos, onde há a remoção cirurgia da próstata, deixando intactos os nervos envolvidos na função erétil; radioterapia por feixe externo (EBRT), que usa radiação para manter as células cancerígenas; e braquiterapia de baixa taxa de dose, que também usa radiação, mas aplicada de forma diferente.
Homens com prognóstico “desfavorável” receberam tratamentos mais agressivos: prostatectomia, que é a remoção completa da próstata; radioterapia por feixe externo associada a terapia de privação de andrógenos, que reduz os níveis de hormônios circulantes no homem, aumentando a eficácia da radiação.
Entre os homens com um prognóstico “favorável”, aqueles que optaram pela remoção radical (completa) da próstata tiveram pior função sexual três a cinco anos após o procedimento, em comparação com aqueles que optaram por outros tratamentos.
Problemas urinários também foram mais comuns neste grupo: um quarto de todos os homens submetidos à remoção da próstata apresentaram “vazamento” até 10 anos após o procedimento, em comparação com apenas 4% a 11% daqueles que optaram pela Radioterapia por feixe externo. Isso era verdade para os homens tanto nos grupos favoráveis como nos desfavoráveis.
Para os homens do grupo desfavorável, os médicos não observaram diferenças na função sexual, quer tenham recebido prostatectomia ou sido submetidos a radioterapia por feixe externo associada a terapia de privação de andrógenos. Entre os homens do grupo desfavorável, a radioterapia por feixe externo associada a terapia de privação de andrógenos foi associada a resultados ligeiramente piores para problemas intestinais e hormonais aos 10 anos.
Segundo os pesquisadores, todas essas descobertas ressaltam a importância de aconselhar homens com câncer de próstata com prognóstico desfavorável de forma diferente do câncer com prognóstico favorável em relação aos resultados funcionais esperados em longo prazo. As descobertas também sugerem que os efeitos adversos dos tratamentos na função sexual podem não ser enfatizados na tomada de decisões de alguns homens.
Fonte: Journal of the American Medical Association. DOI: 10.1001/jama.2023.26491.
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