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Tratamento curto de radioterapia pós-operatória é eficaz no câncer de próstata

16 de novembro de 2021 (Bibliomed). Após a cirurgia de câncer de próstata, os homens podem se submeter com segurança a menos tratamentos de radiação em doses mais altas, mostra um novo ensaio clínico da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores descobriram que o regime mais curto - administrado ao longo de cinco semanas, em vez de sete - não aumentou as chances dos pacientes de efeitos colaterais duradouros. Um curso mais curto de radiação é obviamente atraente por sua conveniência. O novo estudo foi desenhado para descobrir se menos tratamentos viriam à custa de efeitos colaterais duradouros.

O estudo envolveu 296 homens que se submeteram a cirurgia para câncer de próstata e precisaram de radiação de acompanhamento. Cerca de metade foram designados aleatoriamente para receber doses padrão ao longo de sete semanas, enquanto o restante recebeu doses mais elevadas ao longo de cinco semanas.

Ao final do tratamento, os homens em regime de dose mais alta relataram mais sintomas gastrointestinais, como cólicas, diarreia e náusea. Mas esses problemas foram resolvidos em ambos os grupos de pacientes e desapareceram quando os homens foram avaliados seis meses depois.

A radiação para câncer de próstata às vezes também pode causar problemas urinários, como vazamento ou queimação ao urinar. Mas, em média, nenhum grupo de estudo mostrou um aumento desses sintomas, a curto prazo ou ao longo dos dois anos após o tratamento.

Os curtos cursos de radiação não são novos no câncer de próstata. Eles têm sido uma opção para os homens que renunciam à cirurgia e optam por fazer apenas a radioterapia. No entanto, cursos mais curtos não têm sido oferecidos rotineiramente a pacientes que passaram por cirurgia.

Regimes de radiação mais curtos não são apenas mais convenientes para os pacientes, mas também podem diminuir suas despesas de viagem e co-pagamento, além de limitar o tempo fora do trabalho. Também há benefícios para o sistema de saúde, já que as seguradoras pagam por menos tratamentos e as instalações de radiação podem receber mais pacientes.

A segurança tem sido uma "grande preocupação" porque quando os pacientes recebem menos radioterapia, a dose diária precisa ser mais alta. Contudo, essas novas descobertas oferecem "evidência de nível um" de que um curso mais curto pode ser ministrado com segurança, dizem os pesquisadores.

Fonte: American Society for Radiation Oncology Annual Meeting. October 24 - 27, 2021.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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