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Videoconferências causam maior fadiga do que encontros presenciais

20 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo realizado por pesquisadores da University of Applied Sciences Upper Austria e da Graz University of Technology, utilizando dados de EEG e ECG, demonstrou que videoconferências e formatos de educação online causam maior fadiga do que alternativas presenciais.

Após o aumento das interações virtuais durante a pandemia de Covid-19, surgiu um novo desafio: a fadiga causada por videochamadas, também conhecida como "Zoom fatigue" ou fadiga de videoconferência. Esta exaustão, caracterizada por cansaço e alienação devido a comunicações em vídeo excessivamente longas ou inadequadas, anteriormente, só havia sido investigada por meio de pesquisas e autoavaliações dos usuários.

Uma equipe de pesquisa interdisciplinar conseguiu fornecer evidências neurofisiológicas da fadiga de videoconferência no projeto "Technostress in Organizations".

Os participantes do estudo assistiram a palestras tanto presenciais em um auditório tradicional quanto online por videoconferência. As medições neurofisiológicas baseadas em eletroencefalografia (EEG) e eletrocardiografia (ECG), juntamente com questionários, revelaram que uma palestra de 50 minutos via videoconferência exauriu significativamente os participantes em comparação com uma palestra presencial.

"A compreensão aprimorada da fadiga de videoconferência é importante, pois esse fenômeno impacta profundamente o bem-estar das pessoas, os relacionamentos interpessoais e a comunicação organizacional”, dizem autores do estudo. Eles destacam a necessidade de uma visão holística dos mecanismos psicológicos e fisiológicos subjacentes para desenvolver estratégias eficazes para lidar com os efeitos prejudiciais dessa fadiga.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Scientific Reports e contribuem para uma compreensão mais profunda dos processos neurofisiológicos envolvidos, visando promover o uso mais satisfatório e produtivo das tecnologias digitais.

Fonte: Scientific Reports. DOI: 10.1038/s41598-023-45374-y.

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