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16 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). À medida que a Covid-19 se torna endêmica, infectando a população em ondas anuais, cientistas buscam determinar a previsibilidade desses surtos. Um novo estudo da Escola de Saúde Pública de Yale (YSPH) e da Universidade da Carolina do Norte em Charlotte revela que o vírus provavelmente seguirá um ritmo sazonal, semelhante à influenza, tornando-se mais ativo nos meses mais frios e diminuindo no verão. A pesquisa foi publicada na revista mBio.
Segundo os autores, o final do outono, o inverno e o início da primavera são os momentos de maior risco para surtos de infecção.
Os pesquisadores utilizaram dados históricos de infecção de coronavírus com padrões sazonais conhecidos para prever a sazonalidade futura do SARS-CoV-2. A análise de dados mensais de coronavírus do resfriado comum, coletados entre 1985 e 2020 em locais na Europa, Ásia Oriental e América do Norte, permitiu estimar que o SARS-CoV-2 tende a se intensificar nos meses mais frios, variando o momento exato de acordo com a localidade.
Essas previsões sazonais podem auxiliar clínicas e hospitais na preparação para o grande número de pacientes com Covid-19, especialmente porque outros vírus respiratórios, como influenza e vírus sincicial respiratório (VSR), também podem estar ativos no mesmo período, sobrecarregando ainda mais os sistemas de saúde.
No entanto, os resultados se aplicam apenas quando a Covid-19 se torna endêmica, um estágio que ainda não foi alcançado, embora a maioria dos especialistas concorde que é inevitável. Ao contrário de estudos anteriores que consideravam fatores como temperatura e umidade, esta pesquisa enfatiza que intervenções de saúde pública, como o uso de máscaras e o distanciamento social, podem afetar as taxas de infecção durante a pandemia, distorcendo os dados sazonais.
A endemia implica estabilidade na população, onde os sistemas imunológicos foram expostos várias vezes, permitindo que a doença se espalhe da mesma maneira a cada ano. Quanto tempo levará para atingir esse ponto ainda é incerto, mas o estudo sugere uma possível sazonalidade futura da Covid-19.
Fonte: mBio. DOI: 10.1128/mbio.01426-23.
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