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Ioga em ambiente aquecido mostra eficácia no tratamento da depressão

15 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo clínico controlado randomizado realizado com adultos que sofriam de depressão moderada a grave revelou que a prática de ioga em ambiente aquecido levou a reduções significativas nos sintomas depressivos em comparação com um grupo de controle. Os resultados do estudo, conduzido por pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH), membro fundador do Mass General Brigham (MGB), foram publicados no Journal of Clinical Psychiatry.

No estudo de oito semanas, 80 participantes foram divididos em dois grupos: um que participou de sessões de 90 minutos de Bikram ioga praticado em uma sala a 40°C e um segundo grupo que ficou na lista de espera (esses participantes concluíram a intervenção de ioga após o período de espera). Um total de 33 participantes no grupo de ioga e 32 no grupo de espera foram incluídos na análise.

Os participantes do grupo de intervenção foram orientados a fazer pelo menos duas aulas de ioga por semana, mas em média, eles frequentaram 10,3 aulas ao longo de oito semanas.

Após oito semanas, os participantes do grupo de ioga apresentaram uma redução significativa nos sintomas depressivos em comparação com os do grupo de espera, conforme avaliado pela Escala de Sintomatologia Depressiva Inventariada (IDS-CR), uma avaliação realizada por clínicos.

Além disso, 59,3% dos participantes do grupo de ioga tiveram uma redução de 50% ou mais nos sintomas, enquanto apenas 6,3% dos participantes do grupo de espera tiveram o mesmo resultado. Além disso, 44% dos participantes do grupo de ioga atingiram pontuações tão baixas no IDS-CR que sua depressão foi considerada em remissão, em comparação com 6,3% no grupo de espera.

Os sintomas depressivos também diminuíram mesmo para aqueles que seguiram apenas metade da dose de ioga prescrita, sugerindo que uma sessão semanal de ioga em ambiente aquecido pode ser benéfica.

Os participantes avaliaram positivamente as sessões de ioga em ambiente aquecido e não experimentaram efeitos adversos graves associados à intervenção.

Fonte: The Journal of Clinical Psychiatry. DOI: 10.4088/JCP.22m14621.