Notícias de saúde

Adultos que vivem sozinhos apresentam maior risco de mortalidade por câncer

09 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um novo estudo liderado pela American Cancer Society (ACS) revelou que adultos que vivem sozinhos nos Estados Unidos têm um maior risco de mortalidade por câncer em várias categorias sociodemográficas, em comparação com adultos que vivem com outras pessoas. Os resultados do estudo foram publicados na revista Cancer.

O estudo destacou a importância de abordar a questão de viver sozinho na população em geral, bem como entre sobreviventes de câncer, e destacou a necessidade de intervenções para reduzir os efeitos adversos do isolamento social.

Segundo o relatório, em 2022, 38 milhões de domicílios nos EUA eram ocupados por pessoas que viviam sozinhas, um aumento significativo em relação aos sete milhões de domicílios em 1960. Os adultos que vivem sozinhos eram mais propensos a ser mais velhos, do sexo masculino, não-hispânicos brancos ou negros, com renda abaixo do nível federal de pobreza, sofriam de estresse psicológico grave, obesidade severa, fumavam cigarros e consumiam álcool.

Para o estudo, os pesquisadores reuniram dados de 1998 a 2019 de 473.648 adultos com idades entre 18 e 64 anos na época da inscrição na pesquisa National Health Interview Survey, vinculada ao National Death Index. Os dados foram acompanhados por até 22 anos para calcular as razões de risco (HRs) para a associação entre viver sozinho e mortalidade por câncer.

Os resultados mostraram que, de forma geral, adultos que vivem sozinhos tinham 1,32 vezes mais risco de morte por câncer do que adultos que vivem com outras pessoas. Homens que vivem sozinhos tinham 1,38 vezes mais risco de morte por câncer em comparação com homens que vivem com outros, enquanto mulheres que vivem sozinhas tinham 1,30 vezes mais risco em relação às mulheres que vivem com outras pessoas. Especificamente, adultos de meia-idade (idades de 45 a 64 anos) que viviam sozinhos tinham 1,43 vezes mais risco do que aqueles que viviam com outras pessoas.

A associação entre viver sozinho e o risco de mortalidade por câncer também foi mais forte entre adultos não-hispânicos brancos e adultos com níveis mais altos de educação, em comparação com minorias raciais/étnicas e adultos com menor educação.

Os resultados destacam a necessidade de recursos adicionais e treinamento adequado para os profissionais de saúde, rastreamento integrado para viver sozinho e isolamento social, bem como mais pesquisas para identificar e implementar intervenções que possam reduzir os efeitos adversos de viver sozinho e isolamento social.

O estudo também enfatiza a importância de programas de navegação de pacientes para aumentar a adesão a exames de câncer, diagnósticos oportunos, tratamento e comparecimento a consultas médicas, especialmente para pessoas que vivem sozinhas. A inclusão desse grupo entre as prioridades dos serviços com base em rastreamentos das necessidades sociais relacionadas à saúde é recomendada.

Fonte: American Cancer Society (ACS) Press release.

Copyright © 2024 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários