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Trauma na infância pode afetar a saúde sexual das mulheres

26 de janeiro de 2024 (Bibliomed). Uma experiência estressante ou traumática na infância – desde o divórcio dos pais até o problema de drogas de um irmão – pode ter efeitos de longo prazo na saúde sexual da mulher.

Estas experiências adversas na infância podem estar ligadas à inatividade e disfunção sexual nas mulheres mais tarde na vida, relata um estudo da Mayo Clinic Center for Women's Health in Rochester, nos Estados Unidos.

O estudo incluiu mais de 1.500 mulheres, com idades entre 40 e 65 anos, que visitaram a Clínica de Menopausa e Saúde Sexual Feminina da Clínica Mayo, em Minnesota, entre 2015 e 2016. As mulheres tinham preocupações relacionadas à menopausa e à saúde sexual. Antes da visita, elas foram convidadas a preencher uma pesquisa que incluía perguntas sobre qualquer histórico de experiências adversas na infância, juntamente com função sexual, abuso recente, humor, ansiedade, sintomas da menopausa e satisfação no relacionamento. Essas informações foram então incluídas no registro de saúde da mulher da Clínica Mayo.

Cerca de 1 em cada 3 crianças tem pelo menos uma experiência estressante ou traumática na infância, de acordo com a U.S. National Survey of Children's Health. Os pesquisadores procuraram ligações entre essas experiências infantis e a disfunção sexual posterior. O estudo definiu experiências traumáticas como abuso físico, emocional ou sexual, ou crescer num lar com violência, uso de drogas, problemas de saúde mental ou insegurança devido à separação dos pais, divórcio ou encarceramento.

Os resultados mostraram que as mulheres com quatro ou mais experiências adversas na infância tinham quase duas vezes mais probabilidade de serem sexualmente inativas em comparação com as mulheres sem exposição às adversidades na infância. E tinham duas vezes mais probabilidade de ter disfunção sexual na meia-idade, concluiu o estudo. A disfunção sexual foi definida como problemas persistentes de desejo, excitação, lubrificação, satisfação, orgasmo e/ou dor sexual.

Fonte: The Journal of Sexual Medicine. DOI: 10.1093/jsxmed/qdad053.

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